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Segunda-feira, 30 de Abril de 2012

O campeonato da farsa

 
Dou os parabéns ao F.C.Porto pela conquista do campeonato, mas a verdade é que uma equipa como o Porto dispensava estas ajudas extra, e quando Vítor Pereira disse que podiam encomendar as faixas para o Benfica, houve vários jogos em que os portistas saíram beneficiados e o clube encarnado prejudicado, nem falando do jogo entre as duas equipas na luz.
Nestas situações cada um puxa a sardinha ao clube do seu coração, mas até o adepto mais fanático tem olhos na cara para ver a realidade, só não ve quem não quer, ou então a quem dá jeito.
Enquanto existirem erros de arbitragem que decidem campeonatos, o futebol estará sempre rodeado de um clima de de suspeição, ganhar a todo o custo, não é desporto, nem é digno.

 

Publicado por Miguel às 00:45
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Domingo, 29 de Abril de 2012

A crise também já chegou ao futebol

 Joaquim Evangelista, presidente do sindicato dos jogadores de futebol profissional, revelou recentemente que 80% dos jogadores profissionais de futebol, estão com ordenados em atraso, a crise está a bater à porta dos clubes portugueses, de uma forma muito mais profunda, e já não há crédito bancário que abafe, o resultado de gestões populistas e irresponsáveis dos seus dirigentes.

 Quando não há dinheiro, não pode haver vícios, um clube sem bases financeiras sustentáveis, não pode competir na superliga, e em Portugal são poucos os que podem apresentar esses requisitos. Então para quê alargar o campeonato de 16 para 18 equipas? Para existirem mais jogadores com ordenados em atraso, para mais clubes se autodestruírem, ou para acontecer de novo a vergonha que está a acontecer com a União de leiria, que jogou com 8 jogadores contra o Feirense, e não sabe se joga os próximos jogos? A verdade desportiva deste campeonato foi ferida de morte e muita gente continua a assobiar para o lado.

 

 Tal como na política, a ânsia de poder, leva a que se façam promessas irresponsáveis, que não se podem cumprir, ou que servem apenas para caçar votos, favorecendo interesses singulares, e não ao futebol português no geral, foi isto que aconteceu com a eleição de Fernando Gomes, para a presidência da Liga de Clubes, ao prometer o alargamento da liga, e a não descida de nehum clube esta temporada à Liga Orangina.

 Mais equipas na superliga não irá gerar muito mais receitas, provavelmente não irá deixar espaço até para a Taça da Liga, essa sim ainda gerava algumas receitas para os clubes, ou contribuirá para  a desvalorização da mesma. Além do mais irá sobrecarregar com mais jogos, as equipas que participam nas competições europeias, o que irá por em causa o rendimento das mesmas nessas competições, o que não virá ajudar em nada, o panorama futebolístico nacional.

 Portugal tem um mercado pequeno, somos apenas 10 milhões e nem todos  gastam dinheiro em idas aos estádios, a comprar merchandising dos clubes, ou a pagar canais de televisão para ver jogos, logo não é possível existir um suporte financeiro para coexistirem muitas equipas, com capacidade de suportar  bons salários. Então, ou se recorre a jogadores mais baratos e de menor qualidade, o que também não é bom para a qualidade dos espectáculos nos estádios, ou se reduz o número de equipas na superliga, os clubes não podem é continuar a querer ter "ferraris", ganhando o "ordenado mínimo", e ainda por cima não pagando as prestações. Os dirigentes têm de ser criminalmente responsabilizados  pelas más gestões que realizam.

 Penso que o problema passa passa também pelo número reduzido de clubes em Portugal que podem apresentar garantias de uma boa saúde financeira ao longo da temporada, então com este cenário, os dirigentes da liga, fecham um pouco os olhos aos requisitos financeiros no inicio de cada temporada, de modo a que se tenha um campeonato composto, com muitas equipas. Mas não se pode fechar os olhos a más gestões, a mentiras e falsidades, a salários em atraso e à má imagem que todas estas situações projectam do nosso futebol, além fronteiras.

 A União de Leiria foi o primeiro estrondo, Vitória de Guimarães, Vítória de Setúbal, e muitos mais podem ser os próximos, a liga de clubes tem de ter critérios mais exigentes, e os dirigentes dos clubes têm de deixar de viver na lua e cair na realidade, sem dinheiro, não há vícios.

 Uma das soluções, muito controversa com certeza, seria reduzir o número de equipas na superliga e existirem quatro voltas, em vez de duas, para as equipas chamadas pequenas, seria óptimo receberem os chamados grandes duas vezes em casa, tal como iria existir o dobro dos derbys, mais emoção para os adeptos, mais receita de bilheteira e mais receitas com transmissões televisivas. Resumindo, menos clubes, mas uma melhor competição, e clubes mais fortes, a meu ver seria uma solução a ser, no mínimo colocada em cima da mesa.

 Podemos e devemos ser diferentes, Espanha, Itália, Inglaterra, Alemanha, têm um tecido económico muito maior e forte que o nosso, que consegue suportar um grande número de equipas com uma grande capacidade financeira, Portugal não tem uma realidade desse género, logo temos de deixar de nos pôr em bicos de pés, e ter o campeonato que podemos ter, com muitas ou poucas equipas, mas com qualidade e acima de tudo credibilidade, só assim se atrairá investimento, e jogadores de qualidade, esses que enchem estádios.

 O futebol português tem os melhores jogadores e treinadores do mundo, caros dirigentes, inspirem-se neles e estejam à sua altura.

Publicado por Miguel às 22:28
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