A cadeia de supermercados Pingo Doce volta a estar no centro das atenções, desta vez está o facto de a partir do próximo dia 1, não ser mais possível efectuar pagamentos através de cartões de crédito ou multibanco, em compras inferiores a 20 euros, desta forma a empresa espera poupar cerca de 5 milhões de euros por ano.
É certo que a UNICRE e a SIBS cobram taxas elevadas sobre uma venda, e se todos os comerciantes seguirem esta atitude do Pingo Doce, pode obrigar à descida dos valores dessas taxas, a renegociação dos valores poder ser um dos factos que levou esta cadeia de supermercados a ter esta decisão.
Mas também é certo que numa altura em que a taxa de criminalidade dispara em Portugal, esta é uma boa notícia para os ladrões, pois as pessoas levarão dinheiro vivo nas suas carteiras, espera-se então mais roubos e assaltos.
O dinheiro em "plástico" é o futuro, é mais seguro, cómodo e higiénico, limitar o uso desta forma de pagamento é um retrocesso social, e a ânsia do lucro, a ganância dos capitalistas não pode estar acima dos interesses sociais.
O retorno do porta moedas multibanco pode ser uma solução agradável para ambas as partes, comerciantes e consumidores, pois trata-se de um meio de pagamento via multibanco destinado a pequenas somas monetárias e com taxas mais reduzidas para os comerciantes.
Cabe a si penalizar o Pingo Doce ou não, pois pensou no aumento dos seus já elevados lucros, e não na sua comunidade e segurança, a decisão é sua!